Bicicletários: como criar ou organizar o local no condomínio
Publicado em: 11/04/2018O uso das bicicletas está cada vez mais em alta nas grandes cidades. É uma tendência mundial.
Seja para passear no final de semana, fazer exercício ou se locomover até o trabalho, muitos condomínios têm se preocupado em oferecer um espaço adequado para a guarda desse meio de locomoção.
E não é à toa. Como esse tipo de demanda vem crescendo a cada ano, não dá mais para o síndico ficar omisso. O ideal é que ele, a administração e os moradores encontrarem uma solução para o caso, como, por exemplo, a instalação de um bicicletário.
Condomínios novos
Boa parte dos condomínios veta o uso da garagem para guarda das bicicletas, pode ser difícil atender ao desejo dos moradores de não deixar a bicicleta dentro da unidade.
Em muitos casos o condomínio não tem um lugar onde caiba pelo menos uma bicicleta por unidade.,o que pode acabar inviabilizando o projeto.
Mesmo com pouco espaço, é possível dar uma destinação para as bicicletas dos moradores.
Há diversas opções no mercado para condomínios. Aqueles onde realmente não há espaço podem optar por ganchos nas paredes da garagem. Nesse caso, é importante padronizar o gancho, para dar uma uniformizada. Para quem tiver um pouco mais de espaço, há bicicletários tanto de chão, quanto de parede e o custo não é elevado.
Aprovação do bicicletário
Para implantar um espaço do tipo é necessário convocar uma assembleia para discutir o assunto.
O quórum necessário para a benfeitoria, porém, varia entre maioria simples dos presentes – quando nenhuma área comum do condomínio será alterada – para dois terços dos condôminos, se houver a necessidade de mudar uma área comum.
Essa aprovação de 2/3 serve para realizar a adequação da convenção.
Nesse caso, se o bicicletário for aprovado em assembleia, o ideal é que o morador insatisfeito tente trocar sua vaga com outra pessoa.
Importante salientar que o condomínio não fica responsável por danos ou furtos das bicicletas apenas por ter um local para sua guarda. Essa responsabilidade só é passada ao empreendimento caso o bicicletário fique trancado – e que apenas o zelador possa abrir ou fechar o local.
Se, realmente, for uma bicicleta caríssima, nossa sugestão é que o morador a leve para a unidade, pensando em evitar futuros dissabores.
Vale lembrar que abrigá-las na sacada do prédio é uma prática proibida em muitos regimentos internos, mas que, muitas vezes, é desrespeitada.
Organização do bicicletário
Como em qualquer área comum do condomínio, o bicicletário deve ter suas regras.
A criação de um regulamento específico para o local, definindo regras e responsabilidades, e com aprovação em assembleia (maioria simples), pode evitar futuros transtornos, como a utilização incorreta de outros espaços para guardar as bicicletas.
O ideal é o uso de tags nas bikes, que mostrem quem a que unidade e bloco pertencem. Também é recomendável que todas as bicicletas sejam trancadas com cadeado.
Mesmo com essa identificação, sugere-se que a cada seis meses o condomínio faça uma campanha de recadastramento das bicicletas, evitando assim que equipamentos velhos de moradores que já se mudaram ocupe o espaço que poderia abrigar outra bike.
Tipos de bicicletário em condomínios
Há basicamente dois tipos de bicicletário: os de chão e os de parede.
Os de chão podem ter diversas formas e são mais em conta. Seu ponto fraco é ocupar mais espaço do que os de parede, que são mais caros, mas economizam mais no quesito espaço.
O ideal é que o condomínio busque três orçamentos antes de fechar com uma empresa específica.